O Conselho Indígena de Roraima (CIR,) deu mais um passo histórico ao inaugurar a primeira Sala de Situação Indígena, uma iniciativa conduzida pelo Departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA).
A sala que funciona no segundo piso do departamento, faz a gestão de informação em apoio as brigadas que lidam com incêndios florestais, e representa a junção entre a tecnologia moderna e os conhecimentos ancestrais dos povos indígenas do estado, e surge como uma ferramenta essencial no combate às queimadas que causaram grande destruição nas terras indígenas, conforme explicou Sineia do Vale, Coordenadora do DGTA.
“ É muito importante essa ferramenta que vem somar juntos com as demais ferramentas que nós utilizamos aqui no cir, como o ACI ( Alerta Clima Indígena), laboratório de sistema de informação geográfica, e outros, agora temos a sala de situação que conseguimos monitorar em tempo real as queimadas. Foi possível a gente atuar onde estava acontecendo o maior foco de calor nas terras indígenas onde montamos bases para atuar diretamente no problema”, disse Sineia.
Sala de situação sendo monitorada Brigadista falando sobre a importância do sistema
Pelo monitor, será feito o acompanhamento em tempo real de todas as incidências nas terras indígenas, seja ela de foco de calor, queimadas ou chuva, já que o período de inverno iniciou em Roraima.
Todo equipamento foi doado pelo Instituto Terra Brasilis, parceiro do CIR conforme, explicou Reinaldo Lourival, diretor do instituto.
“ Essa é mais uma ferramenta de apoio a gestão territorial e ambiental, o sistema gerido pelo CIR, é o primeiro sistema de gestão indígena de monitoramento para o fogo, e vai ajudar sobre tudo na questão da mudança do clima, preparação para eventos extremos como queimadas e enchentes”, ressaltou Reinaldo.
Doação dos equipamentos Apresentação do sistema
A sala de situação é um sistema de reposta rápida, os dados que são capturados envolve todas as terras indígena de Roraima, além, dos países vizinhos. Mas, o foco principal são as comunidades indígenas. As informações coletadas por meio de imagens de satélites pode gerar relatório, que serão compartilhados com os parceiros do CIR e órgãos do poder publico como PrevFogo e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).
A equipe do DGTA designada para acompanhar a sala, passou por capacitação junto com os representares da empresa Um Grau e Meio, que desenvolveu o Pantera uma plataforma completa para gestão integrada de incêndios.