Conselho Indígena de Roraima( CIR), participa de Reunião Técnica sobre Sistemas de Vigilância e Alerta Rápido: Riscos e Impactos causados por Crimes Ambientais, no contexto da Mineração Ilegal de Ouro e da Proteção Territorial indígena. O encontro ocorreu ontem(29) em Brasília(DF).

O engenheiro agrônomo, Giofan Erasmo, que atua no Departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA), representou a instituição na mesa de debate “ Experiências indígenas na estruturação de sistemas de preparação, vigilância e resposta no âmbito da proteção territorial indígena”.

Na reunião, Giofan compartilhou a experiência pioneira do CIR na defesa do território, com as bases de monitoramento ambientais, formadas pelos Agentes Territorial Indígena(ATAI), Grupo de Proteção e Vigilância Territorial Indígena(GPVTI), Brigadistas e Comunicadores Indígenas. Além disso, citou como exemplo, o Laboratório do Sistema de Informação Geográfica (SIG), que desenvolve um importante trabalho junto das tecnologias na construção de mapas e identificação de locais, com a utilização de drones, ferramenta essencial para

chegar até áreas que são remotas.

Giofan Erasmo, Departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA)

“Na reunião mostramos um pouco da experiência que o CIR tem, como conseguimos fazer a vigilância, usando as coordenadas de GPS, a utilização também de sistema de Alerta de Crime Indígena (ACI), onde são feitas as coletas e as filtragens das denúncias, que são encaminhadas para o departamento jurídico e coordenação executiva, para serem discutidos. Se vai denunciar, em qual órgão ou se o caso pode ser resolvido na comunidade ou é problema externo”, explicou Erasmo.

O evento promovido pelo Escritório do das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), buscou melhorar o diálogo entre organizações e órgãos governamentais de ação e controle dentro das terras indígenas. Na ocasião foram discutidos os sistemas de atuação desses órgãos, visando a melhoria da interação e a criação de um sistema capaz de atender às demandas específicas desse de cada território.

Também participaram da atividade, outras organizações indígenas como a União dos Povos do Vale do Javari (UNIVAJA), Hutukara Associação Yanomami (HAY), Instituto RAONI, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). As instituições governamentais, Ministério dos povos indígenas(MPI), Fundação nacional dos povos indígenas(Funai),IBAMA, ICMBio, Polícia Federal(PF) e Ministério Público Federal (MPF).