CIR capacita brigadistas para monitorar e combater queimadas em comunidades indígenas com auxílio de drones

O curso para manuseio de drone realizado pelo Departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA), do Conselho Indígena de Roraima (CIR), ocorreu na base da Brigada Serra da Moça, região Murupu, ponto focal das atividades dentro do estado de Roraima. Dessa base, saem as orientações e divisão dos trabalhos de monitoramento e prevenção às queimadas.

A formação durou dois dias e faz parte da parceria entre CIR, IBAMA / PREVFOGO, firmada em 2023. Pela primeira vez o curso é voltado para esse público.

Giofan Erasmo ministrando a atividade – Ascom/CIR

O engenheiro agrônomo, Giofan Erasmo, ministrou a atividade, e contou como foi essa primeira experiência. No primeiro dia foram abordados temas como conhecimento sobre a legislação de drones no Brasil, inscrição no SISANT e retirada da certidão para voar o drone.

Os participantes conheceram cada parte da ferramenta, botões e funções do rádio controle, aprenderam a manusear o controle junto com o drone. No segundo dia foi a prática em campo aprendendo a mapear utilizando as imagens do drone por meio de fotos e vídeos.

“Esse curso foi muito bom, teve o intuito de fortalecer e conhecer as ferramentas do drone, que vão ajudar no mapeamento de áreas, tanto de controle e combate à incêndios nas regiões e comunidades indígenas”, explicou Erasmo.

O Conselho Indígena de Roraima (CIR), não atua somente no monitoramento, gestão e vigilância do território, as atividades da instituição também envolve a prevenção das queimadas, onde são feitas monitoramento diário do fogo nas terras indígenas, usando in loco drone como auxílio na atividade, conforme ressaltou Giofan Mandulão.

Imagem do monitoramente das queimadas – Ascom/CIR

“A gente tem usado a ferramenta drone, para mapear realmente as áreas que estão sendo afetadas, saber o tamanho da área que foi queimada, quais locais com maior combustão, com esse equipamento conseguimos fazer esse tipo de medição, as fotos já vêm georreferenciadas para dar a localização precisa do local que está sendo atingido”, concluiu Giofan.

Foram formados três supervisores do Prevfogo, duas pessoas da equipe, chefes de brigadas e esquadrão e brigadistas. Romerito de Souza, faz parte da brigada Serra da Moça, e participou da formação que vai fortalecer a ação de quem tem lidado com queimadas diariamente.

“Nós tivemos um treinamento muito amplo, o drone vai nos ajudar na nossa atividade de campo, e o mais importante vai mapear as áreas que precisam de atenção como localizar incêndios, ao longo dos anos a brigada serra da moça tem avançado e estamos nos fortalecendo cada dia mais”, afirmou o brigadista.

Juvanides Rodrigues, do povo Macuxi, da comunidade Campo Alegre, região Baixo São Marcos, foi a única brigadista mulher que participou do curso, e destacou que saber manusear o equipamento, vai facilitar na prevenção e também no combate a incêndios, com o drone será possível vê as áreas e o tamanho do foco de incêndio.

Mulher indígena em formação de drone – Ascom/CIR
Brigadistas indígenas na capacitação – Ascom/CIR

“Esse equipamento vai ser muito útil para nós. Com ele vamos mapear as áreas críticas e os focos de incêndio para chegar mais rápido e combatê-lo. Fico agradecida em receber a formação”, disse Juvanides.

A próxima formação será para os brigadistas comunitários, a meta é realizar a atividade ainda no primeiro semestre de 2024.