Lideranças indígenas, órgãos públicos e entidades parceiras reafirmam apoio à sustentabilidade dos povos indígenas de Roraima

Na pauta desta quinta-feira, 7, da II Reunião Ampliada, as lideranças e conselheiros debateram sobre a autonomia sustentável, implementação dos Plano de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas (PGTAs) e o Fundo Indígena Jamaxim – “ Rutu”.

Participaram da mesa, a diretora da Nia Tero no Brasil, Francinara Baré, e a diretora sênior da Nia Tero na Amazônia, Daniela Lerda, além dos representantes de instituições públicas, a coordenadora da Funai, Marizete de Souza, o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Janderson Maus e o representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Nonato Lopes.

A coordenadora da Funai, Marizete Macuxi, ressaltou que a meta do órgão é fortalecer os projetos regionais. Afirmou que para o ano que vem será implantado o projeto de piscicultura.

Presente a organização Nia Tero, parceira do Conselho Indígena de Roraima (CIR), desde 2019, apoiando os povos indígenas com projetos. A diretora da organização no Brasil, Francinara Baré explicou sobre a vinda na Ampliada.

Viemos falar dessa parceria que apoia a construção dos PGTAS, que traz o bem viver dos povos indígenas, vimos também ouvir vocês, para somar e complementar ações com os demais parceiros, seja nas área da comunicação, sustentabilidade, jurídico e bem viver ” , afirmou Baré.

(Foto: Ascom/CIR)
(Foto: Ascom/CIR)
(Foto: Ascom/CIR)

 

Na ocasião, esclareceu sobre a atuação do Programa, que atua na defesa de direitos, seja na parte da cultura, sustentabilidade, demarcação, jovens , crianças e mulheres, mobilizações, e também no fortalecimento das organizações indígenas.

Daniela Lerda explicou que Niatero significa “Nossa Terra”, na língua Esperanto, uma língua indigena da Europa.

Nossa Terra, porque a gente acredita que temos que trabalhar juntos para segurar o céu”, esclareceu.

Os representantes do MDA E CONAB, Janderson Maués e Nonato Lopes, afirmaram que as instituições estão de portas abertas para receber as lideranças, apoiando os projetos, produções e o escoamento das produções indígenas.

Para o próximo ano, a meta do MDA é atender as demandas das comunidades indígenas”, disse Lopes.

As lideranças ouviram atentamente e também apresentaram suas demandas, entre as quais, apoio para criar um selo para vender as produções, fortalecimento e ampliação dos projetos existentes nas regiões, apoio para fortalecer o centro de formação entre outros.

O coordenador geral do CIR, Edinho Batista, falou sobre o momento vivido pelas regiões. Agradeceu a participação das instituições, em especial a Nia Terus, que tem estado junto aos povos indígenas na luta e resistência pelos direitos originários.