Em reunião com Presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR) Edinho Batista entrega ‘Memorial da situação do povos Indígenas do Estado de Roraima.’

O encontro foi realizado na manhã de ontem (10), no Conselho Indígena de Roraima, e reuniu além do Dr. Yuri Costa Presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e Larisa Belintini, membro da comitiva do conselho, Edinho Batista coordenador Geral do CIR, Ivo Cípio e Maria Luiza, assessores jurídicos do CIR, Valério Eurico Coordenador da Região Raposa, Aldenir Cadete coordenador da Região Serras, ambas na T.I Raposa Serra do Sol, Dario Yanomami vice presidente da Hutukara, Junior Hekurari, CONDISI Yanomami, , Luis Ventura, Meri Aguines CIMI, , Luiz Henrique, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA).

Antecedendo a entrega do documento, as lideranças das Terra Indígenas Raposa Serra do Sol e Yanomami, deram um paliativo de como estão as regiões indígenas, frisando o aumento da invasão de garimpeiros, elevação nos casos de malária, aliciamento de crianças, estupro de mulheres indígenas, entrada de armas, drogas e poluição de mananciais inteiros que ficam próximos as comunidades indígenas.

Ivo Cípio, assessor Jurídico do CIR e Luiz Ventura – CIMI

 

Segundo Ivo Cípio a discussão põe em risco seus principais denunciantes, pela característica que o estado trata as denuncias.

 “Estamos procurando o CNDH para montar uma estratégia jurídica. Acredito que esta discussão nos põe na linha de frente no combate ao garimpo que já esta enraizado com crime organizado, e virou política do estado.” citou o assessor jurídico.

 

O documento com cinco páginas foi entregue ao Presidente do CNDH, Yuri Costa, pelo Coordenador do CIR Edinho Batista. A vinda do Presidente da CNDH, foi  um pedido das lideranças indígenas e do CIR, que foram atendidas prontamente, mesmo que a agenda oficial do Dr. Yure Costa estivesse vinculada a questão migratória em Roraima.

As lideranças indígenas de Roraima seguem na defesa e na denuncia de invasão em seus territórios, a falta de auxílio do estado e a aparente morosidade preocupam, mas nada que diminua a forma como a lideranças reivindicam seus diretos principalmente a consulta, e proteção.