A técnica em enfermagem e gestora em Saúde Coletiva Indígena, Vanessa Fernandes, do povo Wapichana, ponto focal em emergência climática no departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA) Conselho Indígena de Roraima (CIR), desde segunda-feira (24), participa em São Paulo da Conferência Internacional de Obesidade (ICO-Sigla em inglês), promovido pela Fundação Mundial para Obesidade.
No evento, considerado o maior evento de obesidade do mundo, os participantes discutem a “Saúde indígena e a inter-relação com o clima e a natureza”. É a primeira vez que a saúde dos povos indígenas é debatida na Conferência Internacional.
Vanessa destacou de como a saúde dos povos indígenas tem sido afetada pelas mudanças climáticas. “A saúde dos povos indígenas está diretamente ligada com a saúde do meio ambiente, do território em que vivemos, porém nesses últimos anos temos observado alterações que vem afetando diretamente os nossos modos de vida, interferindo nas práticas e hábitos culturais, principalmente na segurança alimentar. O clima está descontrolado, as sementes tradicionais não estão correspondendo mais ao ambiente, as pragas de lagartas comendo as plantações. A caça e pesca estão sendo atingidas causando a insegurança alimentar”.
No evento, considerado o maior evento de obesidade do mundo, os participantes discutem a “Saúde indígena e a inter-relação com o clima e a natureza”. É a primeira vez que a saúde dos povos indígenas é debatida na Conferência Internacional.
O Congresso é uma plataforma para a troca de ideias, conhecimentos e inovações na área da obesidade. Reúne principais especialistas, pesquisadores e formuladores de políticas do mundo para discutir e enfrentar uma crescente epidemia global de obesidade.
É a primeira vez que a conferência recebe palestrantes indígenas para falar sobre o tema “Saúde indígena e a inter-relação com o clima e a natureza”.
A chefe da Iniciativa Equatorial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Anna Giulia Medri, convidou o CIR para participar da pauta, juntamente com outros líderes indígenas no congresso.
Desde 2019, o CIR acompanha as iniciativas organizadas por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). E já recebeu o Prêmio Equatorial do PNUD em 2019. O programa reconhece, avança e dimensiona as soluções dos povos indígenas e das comunidades locais para o desenvolvimento sustentável das pessoas, da natureza e das comunidades resilientes. O evento encerra nesta quinta-feira, 29.