Assessora ambiental do CIR visita comunidade indígena Itacutu para acompanhar resultados do projeto Água

O Projeto Água, desenvolvido pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) por meio do Departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA), é uma das iniciativas bem-sucedidas da organização em várias comunidades indígenas de Roraima.

Para acompanhar mais uma ação, a assessora ambiental, Fátima André, do DGTA visitou nesta quarta-feira (27), a comunidade indígena Itacutu, localizada no Pólo- base São Francisco, região Baixo Cotingo, na terra indígena Raposa Serra do Sol, umas das regiões com mais dificuldade de acesso à água potável.

Ao avaliar os resultados do projeto executado em parceria com a CAFOD e o Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste de Roraima, Fátima expressou satisfação pelos resultados. ” Fico muito grata de ver as crianças, mulheres e idosos consumirem água limpa”, agradeceu a André, aos parceiros, principalmente a CAFOD, pelo apoio que possibilitou a realização desse projeto tão importante para todos, e completou, “água é vida”.

O resultado do projeto água na  comunidade indígena Itacutu, tem um resultado positivo para as familias que ali moram. Fotos: Ascom/CIR

A água tratada, é utilizada de várias formas, consumo, fazer a alimentação, e no preparo da merenda escolar da comunidade, como disse Dilseneide Raposa, que vai todos os dias buscar água para a sua atividade. Ela lembrou que antes do projeto as pessoas viviam doentes. “As crianças viviam com diarreia e vômito, por causa da água. Agora não, melhorou bastante”, lembrou Dilseneide.

O pequeno Billye Pereira, 10 de idade, também gostou dos resultados. Ele sabe o quanto ter água limpa, é importante, principalmente para as crianças que brincam e sentem muita sede. “É bom depois da brincadeira, tomar água limpa e não com ferrugem, ferro pra não ficar doente com verme”, afirmou Billye.

É notório a satifação e o benefico de ter uma água limpa e saudável para todos, mas princiapmente as crianaças, como o pequeno Billye. Fotos: Ascom/ CIR 

O morador Lila Lima, 68 anos, é uma das lideranças antigas da comunidade, acompanhou o processo de limpeza do poço, e a instalação do filtro de tratamento de água, contou que está satisfeita com a água limpa. Lembrou de como era a água que abastecia a comunidade. “Mesmo com o poço artesiano, quando a gente ligava a torneira a água que saía era amarela da cor de gasolina, sempre adoecia as pessoas, ficamos proibidos de usar a água, até ela ser tratada”, disse a liderança.

A meta do projeto é instalar os reservatórios de 5 mil litros, nas comunidades do Polo São Francisco, região Baixo Cotingo, umas das regiões com mais dificuldade de acesso à água. Fotos: Ascom/CIR.

De acordo com os relatos dos moradores, antes do projeto, os moradores da comunidade usavam a água do poço artesiano, para ajudar as famílias a ter acesso à água. Mas, a água tinha cor de gasolina e causava muitas doenças. Para amenizar o problema o jeito era tirar água da barragem, como explicou o segundo tuxaua Janilson Goiabeira.

“Era uma água muito ruim para consumir. Cheio de ferrugem, causava várias doenças, até problemas nos rins, e às vezes íamos buscar água na barragem. Agora é diferente”, disse o Tuxaua, ao agradecer ao CIR e demais organizações parceiras.

A meta do projeto é instalar os reservatórios de 5 mil litros, nas comunidades do Polo São Francisco, região Baixo Cotingo, umas das regiões com mais dificuldade de acesso à água. Iniciado em 2022, o projeto atende cerca de 23 famílias.