Após o último ataque contra o povo Yanomami, ocorrido no dia 3 de julho, na comunidade Parima, resultando em feridos e morte de mais uma criança, cujo corpo foi localizado neste domingo (9), conforme informou o Corpo de Bombeiros de Roraima. O Conselho Indígena de Roraima (CIR) reforçou mais uma vez, durante a I Reunião Ampliada Deliberativa, realizada no período de 4 a 6, na comunidade indígena Pium, o pedido de investigação e punição aos atos de violência, assim como de morte de indígenas Yanomami, principalmente de crianças e mulheres.
Aproveitando a presença da presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana e do presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY), o líder Davi Kopenawa, no dia 6 na Ampliada, o CIR reforçou o pedido de investigação, além da punição dos culpados pelos constantes atos de violência e até mortes em decorrência do garimpo ilegal que continua atuando no território Yanomami.
No sábado, 8, o Governo Lula divulgou um balanço das medidas mais importantes do primeiro semestre e entre as 35 ações, incluiu a Operação Yanomami, com a extinção de 323 acampamentos de garimpo ilegal, segundo o relatório. Para o CIR, as operações de combate ao garimpo ilegal foram importante, no atual governo, mas precisam ser permanentes e reforçadas à altura da ação de destruição, poluição e dos crimes cometidos no território Yanomami.
A organização também solidarizou-se com o povo Yanomami pela morte de indígenas, principalmente crianças e mulheres, que têm sido alvo desses ataques tanto no território quanto na cidade de Boa Vista.
Criada para defender os direitos dos povos indígenas e direitos humanos, o CIR vem dando apoio às ações de enfrentamento à crise humanitária, levando alimento, medicamentos e outros materiais, mas também na denúncia do garimpo ilegal e suas consequências ao povo Yanomami.
Reforçou que a luta do povo Yanomami, é uma luta de todos!
Conselho Indígena de Roraima, 10 de julho de 2023.