Jovens comunicadores de Roraima da T.I São Marcos participam de formação em comunicação indígena

O Conselho Indígena de Roraima (CIR), por meio do Departamento de Comunicação, em parceria com o Fundo da Nações Unidas para Infância (UNICEF), realizou a terceira oficina de comunicação para jovens comunicadores da região Alto São Marcos, terra indígena (TI) São Marcos, no município de Pacaraima, em Roraima. O encontro ocorreu entre os dias 21 e 22 de setembro, e levou discussões sobre água, saneamento, higiene, impactos da Covid-19, além de saúde, e a importância da vacinação nas comunidades. Participaram 34 jovens indígenas brasileiros e venezuelanos dos povos Macuxi, Wapichana e Taurepang.

Durante o encontro, que integra o projeto “Fortalecimento da capacidade de povos indígenas na Amazônia para prevenção e resposta à covid-19”, financiado pela União Europeia, os participantes receberam palestras de especialistas sobre os temas, além de duas formações, ministradas pelo comunicador indígena Jacir de Souza, do povo macuxi, em que aprenderam ferramentas de aplicativos para edição, produção de áudios, musicalização, spots de rádio, podcasts, criação de roteiros e gravação de áudios.

“É essencial que adolescentes e jovens sejam protagonistas na disseminação de informação confiável dentro da comunidade. Por meio da sua atuação, se tornam agentes de mudança e fortalecem a comunidade para encontrar soluções para os seus desafios”, diz Ester Coelho, consultora de comunicação para mudança social e de comportamento do UNICEF em Roraima.mini bouncy castle

O Departamento de Comunicação do CIR, coordenado pela jornalista Márcia Fernandes do povo Wapichana, enfatiza que esta é mais uma formação voltada aos comunicadores de base. “A cada formação sentimos um avanço, e quem ganha são as comunidades indígenas. Além de avançar no manuseio de ferramentas de comunicação, produzir cards e podcasts com os temas sobre água, saneamento, higiene, impactos da Covid-19, os jovens têm o papel de comunicar para a sua comunidade os cuidados devidos sobre esses assuntos tão importante para nós indígenas”, destacou.

Erisney Oliveira, de 18 anos, do povo macuxi, da comunidade São Miguel da Cachoeira, na região Surumú, T.I Raposa Serra do Sol, participou pela primeira vez de uma oficina de comunicação. “Com certeza vou multiplicar essa comunicação nas comunidades, com as lideranças, família e amigos. Os jovens ficaram interessados nos temas que foram discutidos, e isso foi muito importante para nós, e vai ser mais importante ainda, estarmos aqui aprendendo para poder lutar, e produzir materiais para as nossas comunidades,” conta.

Confira aqui os resultados das produções realizadas pelos jovens comunicadores indígenas.

Link do podcast  https://youtu.be/AuPTFUqtNT0

Link do podcast https://youtu.be/K2i0UJ2tcmg

Link do podcast https://youtu.be/pGdH9bOveKc

Link do podcast https://youtu.be/8xdTHwvT7Fk

Link do podcast https://youtu.be/GBDw2RktlBM

Link do podcast https://youtu.be/j5JmBC0lgJg

 

Sobre o projeto “Fortalecimento da capacidade de povos indígenas na Amazônia para prevenção e resposta à covid-19”

Com financiamento da União Europeia, através do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária (ECHO, na sigla em inglês), o projeto busca mitigar os impactos primários e secundários deixados pela pandemia da covid-19 em comunidades e territórios Indígenas nos estados do Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima. Para isso, firma parcerias entre organizações públicas e da sociedade civil para a melhoria da qualidade de vida dos povos indígenas para atingir resultados em várias frentes de ação: saúde, saneamento, água e higiene, saúde mental, nutrição, medicina tradicional e na capacitação de jovens comunicadores e multiplicadores para atuação comunitária.

Trata-se da uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e de Recursos Assistenciais (ADRA), o Conselho Indígena de Roraima (CIR), a Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa), o Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), a Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas (Makira-Êta), o Instituto Peabiru e o Projeto Saúde e Alegria.