Comunidades Indígenas de Roraima se mobilizam contra o Marco Temporal, contra o Garimpo e pedem fim de Projetos de Lei que afetam os povos

Com faixas de Não a PL 490, não ao Marco temporal, fora garimpo e fora Bolsonaro, comunidades protestaram de forma pacifica hoje (11) em várias regiões.

Devidamente protegidos com mascaras e usando álcool em gel 70% as comunidades já haviam sido informadas que o julgamento que ocorreria no Superior Tribunal Federal (STF) havia sido suspenso, isso não foi motivo para que os protestos deixassem de ocorrer.

Com jovens e lideranças tradicionais levaram seus cartazes para as RR, mostrando indignação e insatisfação com o governo federal e sua política que procura se abster diante dos ataques as comunidades, e a invasão que vem acontecendo de forma desenfreada nas terras indígenas de todo o Brasil.

A liderança Indígena, Valério Eurico coordenador da Região Raposa, há 11 anos, esteve organizando o protesto na Barreira da região Raposa. Afirma que mesmo sem o julgamento ter ocorrido, procurou preparar as comunidade da sua região para a mobilização, pois é importante estar ciente do que esta acontecendo, e diz ter o auxílios dos professores para tirar duvidas dos parentes sobre o julgamento do marco temporal e da PL 490. Citou também os riscos que os garimpos trazem as terra indígenas.

“Nos já viemos discutindo isso a muito tempo, mas eles continuam atingindo nosso direitos reuniões temos discutido muito sobre o assunto, tem pessoas que pensam que o garimpo traz benefícios, mas não, só poluição. Hoje está ruim, e então caso aprovem este marco temporal vai ocorrer mais ainda, ai não vamos poder caçar pescar. O marco temporal é um risco aos nossos direitos”

A região Raposa tem sofrido com a intensificação da entrada de garimpeiros principalmente na Serra do Atóla na comunidade Raposa 2.

As comunidades T.I Raposa Serra do Sol, como Barro e comunidades da região Amajari e serra da Lua realizaram atos reivindicando respeito as seus direitos.