CIR realiza I Seminário de Comunicadores Indígenas de Roraima

Comunicadores das regiões

Com propósito de formar comunicadores indígenas nas regiões, o Departamento de comunicação do Conselho Indígena de Roraima (CIR), realizou entre os dias 28 a 30 de janeiro na comunidade Pium, região Tabaio, o I Seminário Estadual de Comunicadores Indígenas de Roraima, com o tema: Escrevendo as nossas Próprias Histórias.

O I seminário teve objetivo principal unir cinco comunicadores por região, organizar as equipes, assim começar um trabalho de efetivação desses grupos para poder atuarem e fazer a junção dos grupos, algumas já atuam e outras ainda estão iniciando.

Comunicadores da região Serra da Lua

 É o que explica a coordenadora do departamento de comunicação do CIR, Ariene Susui. “O primeiro momento foi à troca de experiências, para poder alinhar a todos e iniciar esse processo, para que realmente os comunicadores atuem nas comunidades e principalmente fazendo com que tenham a noção de o que é ser um comunicador, de como realizar um trabalho nas suas regiões nas suas bases, planejamento de divulgação e também discutir as estratégias”, afirmou.

Coordenadora do Departamento de Comunicação do CIR, Ariene Susui

No primeiro dia, os participantes ouviram atentos as falas do coordenador geral do CIR, Enock Taurepang, sobre a trajetória do movimento Indígena e a importância dos comunicadores no movimento.

Coordenador Geral do Cir, Enock Taurepang

“os comunicadores indígenas podem trabalhar com a gente sobre essa conjuntura, mas também eles podem produzir materiais sobre o que ocorre dentro das comunidades, sobre produções, festivais, feiras regionais entre outros. Com os comunicadores dentro das regiões, eles podem nos dar esse suporte. É apenas o começo de uma longa trajetória de fortalecimento da nossa política indígena e do nosso movimento indígena aqui de Roraima”, enfatizou.

Comunicadores da região Raposa

Durante o seminário foram debatidos sobre o que é ser comunicador indígena e como os comunicadores têm atuado nas suas comunidades. Houve também oficinas sobre: a escrita, podcast, que é uma mídia em áudio e áudio visual.

Comunicadores nas práticas das oficinas

Para a Sabrina Caetano de 18 anos, etnia Macuxi, da comunidade Sucuba, região Tabaio, disse que não teve dificuldades em por em prática as oficinas, “não tive dificuldades de  colocar em prática o que foi explicado pelos instrutores, agora é trabalhar na comunidade”.

A comunicação é uma peça fundamental para fortalecimento das atividades nas regiões.  Ray Baniwa é comunicador indígena da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), no Amazonas e atua há 10 anos. Atualmente trabalham com projetos da Rede Wayurí de comunicadora indígena. Veio para contar as suas experiências como comunicador indígena.

Comunicador indigena da FOIRN, Ray Baniwa

“Vim compartilhar essa experiência do Rio Negro com os comunicadores daqui,  contar um pouco do histórico de como é feito a comunicação lá, e quem são os nossos comunicadores, a nossa missão é produzir conteúdo pra levar informação para as nossas bases que é o nosso público principal”, disse.

E ainda ressaltou que, “ser um comunicador é uma pessoa de qualquer idade,  que anime, mobilize, motive a sua comunidade em prol de algum objetivo ,principalmente em trazer melhorias de  protagonizar alguma luta, ação que seja para benefício coletivo que tenha a capacidade de mobilizar, e precisa está antenado”, reforçou o comunicador.

Joacir Bento Coordenador da região Tabaio, esteve participando, para ele, é algo inovador para as comunidades e está satisfeito com o evento e espera que este trabalho não seja em vão, que estes comunicadores têm o seu apoio.

Joacir Bento Coordenador da região Tabaio

No último dia, os comunicadores elaboraram as suas propostas para o próximo evento. Participaram mais de 30 comunicadores das regiões Serra da Lua, Raposa, Surumu, Tabaio, Amajarí, Murupu e Baixo Cotingo.

Por Ascom/CIR