Comitiva de lideranças de Roraima participou de audiências Públicas com autoridades em Brasília

comissão formada por 09 lideranças de diferentes regiões e povos

Lideranças indígenas dos povos Macuxi, Wapichana, e Aturaiu, das regiões: Serra da Lua, Amajarí, Serras e Murupu, estiveram nos dias 6 a 17 de outubro, em Brasília, com objetivo de apresentar às autoridades públicas a importância dos territórios tradicionais para o bem viver dos povos indígenas, e reafirmar que são contra o projeto de mineração, garimpo, agronegócio e hidrelétricas nas terras indígenas.
Na oportunidade entregaram um dossiê que relata os avanços e conquistas dos povos indígenas da Terra Indígena (TI) Raposa Serra do Sol e o memorial da situação dos povos indígenas de Roraima.
Com título “projeto de vida dos povos” o dossiê mostrou a realidade das populações indígenas da raposa serra do sol, nos últimos dez anos. Os principais avanços é o fortalecimento da agropecuária, com 50 mil bovino e produção de várias culturas de forma orgânica.

Na área de educação escolar funcionam 141 escolas, entre Ensino Fundamental e Ensino Médio, com 887 professores indígenas e 8.316 alunos.
Os povos indígenas reafirmaram que demarcação integral da Terra Indígena Raposa Serra do Sol é um exemplo importante de reconhecimento pleno dos direitos dos povos indígenas no Brasil. Não há argumentos antropológicos ou jurídicos que vinculem o direito pleno à terra indígena a um certo desenvolvimento sóciocultural e econômico entre os povos envolvidos.
Coordenadora regional do movimento das mulheres da Região Serras, Marizete de Souza Macuxi, destacou
“Temos uma organização social, temos escritórios regionais e estamos na construção do nosso Plano de Gestão Territorial e Ambiental. Temos Operadores indígenas de direito, onde forma capacita lideranças na área de direito. Temos autonomia sustentável. Na educação escolar temos o Centro Indígena de Formação, 141 escolas, 887 professores, 8.316 alunos”, acrescentou a coordenadora.

Coordenadora Marizete e Líder Indígena Abílio (Região Serras)

Reiteram que o direito pleno à nossa terra ancestral é justamente para permitir que possamos viver do nosso jeito e construir um futuro baseado nas nossas visões de progresso e bem estar.


A comissão participou de audiências no Supremo Tribunal Federal (STF), Coordenação da sexta câmara, Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJS), Deputada federal Joenia Wapichana, Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas do Conselho Federal da (OAB), Articulações dos Povos Indígenas do Brasil(APIB), Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e FUNAI.


fotos: Márcia Fernandes